Resistência à insulina: Como saber se tenho?

A resistência à ação da insulina (hormônio do pâncreas que regula o açúcar no sangue) antecede o Diabetes tipo 2. O Diabetes é caracterizado pela hiperglicemia, que promove inflamações em todos os vasos sanguíneos e agride todos os órgãos e sistemas e, portanto, pode trazer lesões no coração, cérebro, rins, olhos e pés.

Assim, é de suma importância prevenir ou tratar a resistência insulínica antes que o Diabetes se instale. Ela tem cura!

Como saber se tenho resistência à insulina?

Quando uma pessoa está com resistência à insulina, a quantidade de insulina produzida pelo pâncreas não dá conta de normalizar os níveis de glicose no sangue.

A resistência à insulina é silenciosa, ou seja, não costuma apresentar sintomas evidentes. Mas em alguns casos, quando há resistência insulínica junto a uma secreção importante de insulina pelo pâncreas para tentar vencer a resistência, podem aparecer manchas marrons, com textura grossa e aveludada na região do pescoço, principalmente, e também nas axilas ou virilhas.

Um dos dados mais importantes no exame físico é o aumento da circunferência abdominal, para homens > 94 cm e para mulheres acima de 80 cm.

Nos casos em que a resistência insulínica está associada à síndrome dos ovários policísticos, pode haver o aumento da quantidade de pelos do rosto, acne, oleosidade na pele e irregularidade do ciclo menstrual.

Para que a resistência à insulina seja diagnosticada antes que haja o avanço da hiperglicemia e a entrada no Diabetes, é necessário realizar exames periódicos de sangue. Os mais relevantes são a glicemia, a hemoglobina glicada e os triglicérides para monitorar e fazer diagnóstico de resistência insulínica. Na prática, a dosagem de insulina não tem valor para diagnóstico.

Quais são as causas e fatores de risco?

As causas envolvem predisposição genética e estilo de vida.

Um dos maiores fatores de risco para a resistência à insulina é a obesidade. Mas pessoas com o IMC (Índice de Massa Corpórea) normal também podem apresentar resistência à insulina por gordura abdominal em excesso, mesmo com o peso normal.

Isso acontece porque o crescimento do tecido adiposo (a gordura) faz com que o pâncreas precise produzir mais insulina. Entretanto, pode chegar a um ponto em que ele não consiga mais aumentar a produção. É nesse momento que pode se iniciar o quadro da resistência à insulina.

Outros fatores que estão relacionadas à resistência à insulina são:

– Triglicérides elevados;
– Síndrome dos ovários policísticos;
– Síndrome Metabólica;
– Pré-diabetes;
– Esteatose hepática (gordura no fígado);
– Uso crônico de medicações, como os corticóides;
– Hepatite C;
– Doenças genéticas como as Lipodistrofias.

Como é feito o tratamento?

A resistência insulínica tem cura. Como a principal causa é o acúmulo de gordura abdominal, perder peso, ajustar a dieta e fazer exercícios são os principais pilares para reverter o quadro e evitar a chegada do Diabetes tipo 2.

É importante reduzir as calorias da dieta para poder emagrecer e evitar bebidas adoçadas pois estas elevam rapidamente os níveis de glicose no sangue. Além disso, sempre acrescentar fibras e proteínas em todas as refeições, para que aquelas possam evitar os picos glicêmicos no sangue. Atitudes como aumentar o consumo de vegetais e reduzir os alimentos ultraprocessados, reduzem as calorias do dia a dia, evitam picos de açúcar e promovem emagrecimento.

A prática de exercícios físicos ajuda no controle da resistência à insulina, pois o músculo é um órgão bem sensível a insulina e ávido por captar glicose do sangue. Mais ainda, a atividade física ajuda na perda e na manutenção do peso perdido.

O tratamento também pode contar com medicamentos destinados a auxiliar na redução da resistência insulínica, como a metformina, ou no tratamento do sobrepeso/obesidade.

Conte comigo!

Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente.

Meu consultório está localizado na Avenida Vereador José Diniz, 3457, no Campo Belo Medical Center aqui em São Paulo. Agende uma consulta pelo site ou pelos números: (11) 5093-6109 | 5093-6087. Se preferir, marque um horário pelo WhatsApp (11) 97490-7707.

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