Osteoporose e osteopenia: entenda as diferenças

A osteoporose e a osteopenia são duas condições que apresentam sintomas semelhantes, porém, têm suas diferenças. Antes de falarmos sobre elas e sobre as características de cada condição é importante entendermos um pouco sobre como se forma a estrutura dos nossos ossos.

Até os 20 anos de idade, os nossos ossos são desenvolvidos totalmente. Esse processo de desenvolvimento da massa óssea está relacionado a: atividade física, alimentação, genética e fatores hormonais.

Muitos minerais como cálcio, fósforo, magnésio são essenciais para o desenvolvimento adequado do tecido ósseo. Além desses minerais, as vitaminas, principalmente a D, e proteínas também participam da composição nutritiva da massa óssea.

Assim, o nível de minerais presentes no tecido ósseo, proporciona um resultado chamado de Densidade Mineral Óssea (DMO). Quando a DMO está baixa, é resultado de um ósso pouco mineralizado.

Agora que você já sabe um pouco sobre como se dá a formação da massa óssea, fica mais fácil entender sobre a osteoporose e a osteopenia. Acompanhe o texto e saiba mais sobre cada uma delas e suas principais diferenças!

O que é a osteoporose?

Segundo a Sociedade Brasileira de Endrocrinologia e Metabologia (SBEM), 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose, sendo que, 1 a cada 3 mulheres com mais de 50 anos tem a doença.

A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela perda progressiva da massa óssea. Assim, os ossos tornam-se enfraquecidos e predispostos a fraturas.

Após uma fratura, um idoso pode ter necessidade de hospitalização ou cirurgia, o que pode abreviar sua vida por risco cirúrgico maior nesta idade. Idosos têm maior chance de infecções hospitalares e tromboses após operações. Caso o paciente não possa fazer uma cirurgia, também reduz sua qualidade de vida por dor ou imobilização. 

Assim, a osteoporose é um importante problema de saúde que pode reduzir qualidade e tempo de vida.

Esta condição pode ser causada por diversos motivos, entre os quais:

  • Fatores genéticos (histórico familiar de osteoporose ou fraturas espontâneas);
  • Desnutrição ou magreza excessiva;
  • Deficiências nutricionais;
  • Baixo consumo de cálcio;
  • Alterações hormonais (menopausa, andropausa, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo);
  • Tabagismo ou alcoolismo;
  • Baixa exposição ao sol;
  • Pacientes acamados por longos anos;
  • Uso crônico de determinados medicamentos.

A osteoporose é uma doença silenciosa porque não causa sintomas até ocorrer uma fratura. Essas fraturas podem ocorrer sem nenhum trauma importante e acometem principalmente as regiões do quadril, punho e coluna.

Tipos de osteoporose

A osteoporose apresenta diferentes classificações, são elas:

  • Osteoporose pós-menopausa: atinge mulheres após a menopausa e pode ocorrer fratura na coluna;
  • Osteoporose senil: afeta predominantemente pessoas acima dos 70 anos. Pode ocorrer fratura de coluna e de quadril;
  • Osteoporose secundária: atinge pessoas com doenças crônicas de origem renal, hepática, hematológica, endócrina ou que utilizam determinados tipos de medicamentos, como corticóides ou quimioterápicos, por exemplo.

O que é a osteopenia?

A osteopenia se caracteriza pela perda gradual de massa óssea, mas ainda num nível mais leve que a osteoporose. É um estágio de alerta. 

Neste caso, após o diagnóstico de osteopenia, o paciente e seu médico devem estudar maneiras de prevenção e tratamento para que o quadro de osteopenia não evolua para osteoporose e maior risco de fraturas.

A osteopenia é uma condição assintomática, de forma que o diagnóstico é feito apenas pela Densitometria Óssea, um exame de imagem indolor que avalia o grau de densidade óssea e quantifica o risco de fraturas. Ele deve ser solicitado quando há suspeita de perda de massa óssea ou quando a mulher está na perimenopausa (após os 45 anos) ou o homem tem mais de 70 anos.

Osteoporose e osteopenia: tratamento

O principal objetivo é evitar a progressão da perda de massa óssea e assim, reduzir o risco de fraturas.

A osteopenia deve ser tratada com alimentação rica em cálcio, reposição de vitamina D, se há deficiência, e estímulo à atividade física para ganho de massa óssea e massa muscular.

A osteoporose é tratada com cálcio, vitamina D e medicamentos que impedem a reabsorção óssea e estimulam a formação óssea. Estes medicamentos podem ser orais e injetáveis.

Atualmente usamos medicações de grande impacto na qualidade de vida por reduzir fraturas, evitar cirurgias ou hospitalizações e aumentar a sobrevida dos idosos.

Prevenção

A prevenção é sempre o melhor caminho e quanto antes ela for iniciada melhor. Ter uma alimentação saudável e rica em nutrientes como cálcio é fundamental. Por isso, o ideal é ingerir alimentos como verduras, ovos e peixes. Leite e seus derivados são as opções mais ricas em cálcio.

Praticar atividades físicas regularmente e tomar sol também são hábitos importantes de prevenção. Não fumar e evitar o excesso do consumo de álcool também evitam a perda de massa óssea.

Além disso, avaliar a massa óssea, através do exame de Densitometria, quando necessário, pela idade ou por fatores de risco e traçar um plano de tratamento imediato se diagnosticado a Osteopenia pode prevenir o avanço para a Osteoporose e evitar fraturas.

Converse com seu médico e previna-se!

Sou a Dra Melissa Martini, especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente.

Agende uma consulta pelo site ou pelos números: (11) 5093-6109 | 5093-6087. Se preferir, marque um horário pelo WhatsApp (11) 97490-7707. 

Até a próxima!

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