A relação entre hormônios e estresse: como os hormônios interferem nas reações do corpo?

O estresse é uma resposta natural do corpo a desafios ou ameaças, e é mediado por uma complexa interação de sistemas, com destaque para o sistema endócrino. Os hormônios, substâncias químicas produzidas pelas glândulas endócrinas, desempenham um papel crucial na regulação das reações do corpo ao estresse.

O sistema endócrino e a resposta ao estresse

O sistema endócrino é composto por várias glândulas que liberam hormônios diretamente na corrente sanguínea. Entre essas glândulas, as mais relevantes no contexto do estresse são: as glândulas adrenais, a hipófise e o hipotálamo.

1. Hipotálamo: O hipotálamo, localizado no cérebro, é o ponto de partida para a resposta ao estresse. Quando o corpo detecta um estressor, o hipotálamo libera o hormônio liberador de corticotropina (CRH).

2. Hipófise: O CRH estimula a glândula hipófise a liberar o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) na corrente sanguínea.

3. Glândulas adrenais: O ACTH, por sua vez, estimula as glândulas adrenais (localizadas acima dos rins) a produzir cortisol, o principal hormônio do estresse, além de adrenalina e noradrenalina.

Função dos hormônios do estresse

1. Cortisol: Conhecido como o “hormônio do estresse”, o cortisol ajuda o corpo a lidar com situações estressantes, aumentando os níveis de glicose no sangue, suprimindo o sistema imunológico, funcionando como anti inflamatório e auxiliando no metabolismo de gorduras, proteínas e carboidratos.

2. Adrenalina e noradrenalina: Esses hormônios, também conhecidos como epinefrina e norepinefrina, são responsáveis pela resposta de “luta ou fuga”. Eles aumentam a frequência cardíaca, a pressão arterial e os níveis de energia, preparando o corpo para enfrentar ou fugir de uma ameaça.

Efeitos do estresse crônico

Para manter o equilíbrio e a saúde, o corpo possui mecanismos de feedback que regulam a produção de hormônios do estresse. Quando os níveis de cortisol aumentam, eles fornecem feedback negativo ao hipotálamo e à hipófise para reduzir a liberação de CRH e ACTH, diminuindo assim a produção de cortisol.
Assim, longe de doenças agudas, espera- se que o próprio organismo mantenha essa harmonia, desde que esse seja um organismo metabolicamente saudável.

Enquanto o estresse agudo pode ser benéfico em situações de curto prazo (infecção, cirurgia ou traumatismo, por exemplo), o estresse crônico pode levar a diversos problemas de saúde. A exposição prolongada a níveis mais elevados de cortisol, adrenalina e noradrenalina, podem causar:

1. Problemas cardiovasculares
2. Distúrbios metabólicos
3. Depressão e ansiedade
4. Sistema imunológico suprimido

Dada a influência significativa dos hormônios do estresse na saúde, é essencial adotar estratégias para gerenciar o estresse crônico de forma eficaz e manter a sua regulação hormonal ajustada.
Para tanto, alguns hábitos devem ser cultivados como:

  • Prática de exercício regular
  • Técnicas de relaxamento e meditação
  • Sono adequado
  • Conexões sociais saudáveis
  • Psicoterapia
  • Manter um peso saudável (redução de gordura visceral no cérebro)

Assim, a regulação adequada dos hormônios do estresse pelo sistema endócrino, mas também mediada por comportamentos, é essencial para a manutenção da saúde e do bem-estar.

Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente.

Meu consultório está localizado na Avenida Vereador José Diniz, 3457, no Campo Belo Medical Center aqui em São Paulo. Agende uma consulta pelo site ou pelos números: (11) 5093-6109 | 5093-6087. Se preferir, marque um horário pelo WhatsApp: (11) 97490-7707.

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