Ondas de calor, alterações de humor e ressecamento vaginal. Esses são alguns dos principais sintomas da menopausa, que ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos de idade. A terapia de reposição hormonal vem se mostrando um tratamento eficiente no período da menopausa, no entanto, ainda há muitos mitos e verdades sobre o assunto.
Com o intuito de desmistificar e esclarecer informações, preparei este artigo para te ajudar a entender um pouco mais sobre a terapia de reposição hormonal na menopausa. Boa leitura!
Como funciona a terapia de reposição hormonal?
No período da menopausa, o corpo da mulher reduz a produção de hormônios, como o estrogênio e a progesterona, ocasionando perda de fertilidade e alguns transtornos leves ou graves por deficiência da ação destes hormônios em vários orgãos. Dessa forma, a terapia de reposição hormonal vem como uma forma eficiente de tratamento e melhora a qualidade de vida da mulher.
Algumas formas de reposição hormonal combinam os hormônios progesterona e estrogênio, enquanto outros apenas estrogênio. Além disso, o tratamento pode ser feito de diferentes maneiras, através do uso de comprimidos, géis e adesivos aplicados à pele.
A dosagem de hormônios e o tempo do tratamento irá variar conforme a prescrição médica baseada no quadro clínico da paciente.
Benefícios da terapia reposição hormonal
A terapia de reposição hormonal age em vários orgãos e sistemas:
- Prevenção da osteoporose e fraturas ósseas;
- Redução do risco cardiovascular (infarto e derrame);
- Reduz a distribuição de gordura na região do abdome (gordura visceral);
- Melhora a vida sexual (lubrificação e libido);
- Melhora do bem-estar em geral;
- Diminui os fogachos (ondas de calor e suores durante o dia e à noite);
- Melhora a qualidade do sono;
- Reduz o declínio cognitivo que vem com a idade;
- Ameniza a irritabilidade e melancolia.
Terapia de reposição hormonal: mitos e verdades
A reposição melhora a pele – VERDADE
Devido às alterações hormonais, podem surgir acnes ou mudanças na pele durante a menopausa, por isso, a reposição de hormônios pode auxiliar nesse problema, melhorando a aparência, elasticidade e viço da pele.
A terapia de reposição hormonal provoca o aumento de peso – MITO
Muitas mulheres temem o aumento de peso ao iniciar a terapia de reposição hormonal, no entanto, isso é um mito. Com a retomada do equilíbrio dos hormônios através do tratamento, é possível recuperar a disposição e consequentemente há uma melhora na composição corporal, favorecendo o ganho de músculo e a perda de gordura no abdome.
A reposição pode prevenir a osteoporose – VERDADE
A reposição de estrogênio ajuda a combater a perda de massa óssea que vem com o envelhecimento.
O tratamento dura o resto da vida – MITO
O tempo do tratamento irá variar conforme cada paciente e deve ser orientado pelo médico. No entanto, a reposição é feita principalmente quando os sintomas aparecem. Existe uma ‘janela de oportunidade’ , a qual é iniciar o tratamento até 6 anos do início dos sintomas, mas quanto antes, melhor, principalmente para o estrógeno agir na camada de dentro dos vasos sanguíneos e trazer proteção cardiovascular e redução de infarto ou derrame em mulheres com maior risco destes eventos.
Existem alternativas naturais no tratamento de reposição hormonal – VERDADE
Mulheres que possam apresentar alguma contra indicação no tratamento com reposição hormonal podem controlar os sintomas através do uso de vitaminas e fitoterápicos orientados pelo médico. Estes, em geral, podem ser pouco efetivos em alguns casos. Assim pode haver necessidade da prescrição de antidepressivos que melhoram a ansiedade, insônia, irritabilidade e fogachos.
Todas as mulheres podem fazer a terapia de reposição hormonal – MITO
Antes de iniciar o tratamento, é fundamental consultar um especialista e fazer exames para identificar possíveis doenças ou possíveis complicações relacionadas à reposição hormonal.
A reposição hormonal pode causar efeitos colaterais – VERDADE
Assim como qualquer uso de medicação ou tratamento, a reposição hormonal também pode causar efeitos colaterais e ter contra indicações. Em alguns casos, pode haver mal-estar ou sangramento uterino, por isso, lembre-se de tirar todas as suas dúvidas antes com o endocrinologista e seu ginecologista.
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Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente.
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