Neuropatia diabética: o que é e como tratar?

O diabetes é uma doença metabólica capaz de trazer diversas complicações para a saúde dos pacientes quando não controlada da forma devida. Uma das complicações mais comuns é a Neuropatia Diabética. 

Apesar de pouco comentada, essa é uma condição que pode prejudicar de forma expressiva a qualidade de vida dos pacientes com diabetes. Por isso, separei algumas informações importantes para a prevenção, diagnóstico e tratamento do problema. Continue lendo e saiba mais.

O que é a neuropatia diabética

De maneira sucinta: a neuropatia diabética é o dano causado pelo diabetes nos nervos periféricos, impedindo que as informações cerebrais sejam emitidas para certas partes do corpo. 

Mas para entender melhor, vale retomar às funções dos nervos periféricos. Entenda:

Os nervos periféricos são responsáveis por carregar as informações que saem do cérebro e as que chegam até ele, além de sinais da medula espinhal para o resto do corpo. Quando há algum tipo de dano em algum nervo, a transmissão da informação cerebral pode ficar comprometida, a esse problema damos o nome de neuropatia. 

No caso da neuropatia diabética, o quadro é causado pela ação dos altos níveis de açúcar no sangue, que compromete o metabolismo dos neurônios, ou seja, danifica o caminho de comunicação entre os nervos e o cérebro. 

Essa é uma situação que pede atenção, já que a neuropatia diabética é a maior causa de amputações não-traumáticas (ou seja, amputações que não são causadas por acidentes). Além disso, essa é a complicação crônica mais comum e mais incapacitante do diabetes, o que pede ainda mais cautela. 

Para prevenir o problema, antes de tudo, é preciso ter acesso à informação, saber como evitá-lo e como reconhecê-lo, caso já tenha se estabelecido. É isso que você vai conferir a seguir. 

As causas da neuropatia diabética

A causa da neuropatia diabética, como o nome já sugere, é a própria glicemia. Quando o diabetes está descontrolado e os índices de açúcar no sangue estão elevados, o corpo perde a capacidade de eliminar radicais livres e compromete o metabolismo de várias células, principalmente dos neurônios. 

Como mencionado anteriormente, os neurônios são os responsáveis por transmitir as informações entre o cérebro e os nervos periféricos e quando há um dano nesse “caminho” a sensibilidade pode ficar comprometida. 

Leia também: Diabetes tipo 2: dicas para prevenir a doença

Sintomas 

A neuropatia diabética requer atenção, principalmente quando consideramos que as estimativas apontam que pelo menos metade dos pacientes diabéticos desenvolverá esse quadro em algum momento de sua evolução clínica e que o distúrbio pode resultar em dores, formigamentos, perda de sensibilidade e até mesmo, em casos graves, em amputação. 

Por isso, é importante ficar atento(a) aos sinais, entre eles estão: 

  • Dores crônicas (contínuas e constantes);
  • Sensação de queimadura e ardência;
  • Formigamento;
  • Dor que surge sem uma causa aparente;
  • Dor desproporcional ao estímulo, por exemplo uma dor exagerada ao receber uma picada de alfinete;
  • Sensibilidade aumentada, por exemplo dor ao ser tocado no braço, com um toque normal.
  • Antagonicamente, com a progressão do problema, é comum a perda de sensibilidade. 

Além disso, vale ressaltar que a neuropatia costuma vir acompanhada da diminuição da energia e da mobilidade, o que pode implicar em outro problemas como diminuição da qualidade de vida e do desejo de se envolver em atividades sociais. 

Diagnóstico

O diagnóstico precoce é a melhor forma de prevenir a progressão da doença e suas complicações. O primeiro passo, é conhecer os sintomas e saber reconhecer quando o diabetes está descontrolado, para buscar ajuda médica. 

Ao buscar um médico, se constatada a possibilidade de um quadro de neuropatia diabética, o mais indicado é realizar exames para a detecção e medição da reação aos estímulos. Atualmente, o diagnóstico definitivo da neuropatia é obtido por meio de um exame chamado eletroneuromiografia, no qual uma agulha é inserida no braço do paciente, emitindo um choque elétrico como estímulo e, a partir disso, mede-se o tempo de reação. 

Esse é um exame invasivo, que pode gerar desconforto inicial, mas ele é determinante no diagnóstico. Felizmente, já existem estudos, desenvolvidos aqui mesmo no Brasil, que apontam novas soluções para um diagnóstico precoce e de maneira pouco invasiva. 

Tratamento para neuropatia diabética

O foco do tratamento é o controle da glicemia, tanto para evitar a progressão, como as complicações decorrentes do diabetes. Mas também há medicação específica para tratar os danos causados pela glicose aos nervos. 

Para receber o tratamento mais adequado é fundamental passar por um diagnóstico assertivo e fazer acompanhamento com um especialista. Não deixe de consultar seu endocrinologista!

Prevenção

A melhor prevenção é aquela que age direto na causa do problema. Por isso mesmo, nesse caso, o controle adequado da glicemia é a maneira mais eficiente de prevenir danos neurológicos causados pelo diabetes.

Além disso, um acompanhamento profissional para monitorar a evolução ou controle do quadro de diabetes é fundamental para certificar que a doença metabólica não está comprometendo o organismo. 

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Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente.

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