Além da idade avançada, as principais causas de infertilidade feminina estão ligadas principalmente a alteração mecânicas (endometriose ou lesões tubárias) e alterações hormonais, como síndrome dos ovários policísticos, disfunções na tireóide, excesso do hormônio prolactina e hipogonadismo.
A seguir apresento as causas hormonais mais comuns de infertilidade na mulher e as possíveis formas de tratamento. Confira:
1- Síndrome dos Ovários Policísticos
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM),a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é a alteração hormonal mais comum nas mulheres em idade reprodutiva, causando infertilidade em até 40% das pacientes.
Na SOP, os ovários costumam ter múltiplos cistos ao exame de ultrassom e a paciente cursa com resistência a ação do hormônio insulina, o que leva a disfunções nas secreções dos hormônios ovarianos.
Assim, além de infertilidade, podem ocorrer alterações menstruais, aumento da ação da testosterona (causando acne, excesso de pelos e queda de cabelos) e uma maior predisposição a Diabetes.
Tratamento: Deve ser individualizado e depende dos sinais estéticos de excesso de testosterona, do desejo de engravidar e da resistência a insulina. Na maioria dos casos, pode ser indicado o uso de anticoncepcionais para bloqueio hormonal, melhora estética e regulação do ciclo menstrual ou uso de medicação para estimular a ovulação, favorecendo as chances da gravidez acontecer naturalmente. Também são usadas medicações que melhoram a ação da insulina e, se a paciente tem excesso de peso, estimula-se a perda de peso para ovulação.
2 – Alterações na tireoide
A tireoide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, que tem um papel extremamente importante de regular o metabolismo e controlar vários órgãos.
Os hormônios liberados pela tireoide agem indiretamente nos ovários e são necessários para estimular o desenvolvimento dos óvulos, do embrião e do feto
Dessa forma, o mau funcionamento da tireoide pode interferir no ciclo menstrual da mulher, dificultar a concepção e a evolução da gravidez. Também pode haver maior risco de abortamento se a paciente não tratar a doença da tireóide durante a gestação.
Tratamento: Pode ser tratada por um endocrinologista, com medicamentos para regular a função da tireoide.
3 – Excesso de secreção de Prolactina
Prolactina é um hormônio produzido pela glândula hipófise que se localiza no cérebro.
Ela é responsável pela produção de leite materno.
Quando a secreção deste hormônio está em excesso, geralmente por tumores benignos que se formam na hipófise ou por medicamentos que aumentam sua secreção (alguns antidepressivos, por exemplo), a prolactina bloqueia os hormônios femininos e provoca menopausa precoce e infertilidade. Outros sintomas são queda de libido e secreção de leite pelas mamas.
Tratamento: Geralmente se usa uma medicação oral para bloquear a produção de prolactina. Raramente é necessária cirurgia para retirada do tumor de hipófise.
4 – Hipogonadismo
Hipogonadismo é um termo usado quando há redução da secreção dos hormônios sexuais.
Pode ocorrer por redução da produção dos hormônios no hipotálamo ou na hipófise, glândulas localizadas no cérebro, ou pode ocorrer por redução dos hormônios dos ovários.
As principais causas são: tumores, doenças genéticas como a Síndrome de Turner, radioterapia, cirurgias ou infecções.
Tratamento: Depende da causa. Pode ser necessária fertilização in vitro.
Por tudo isso, é essencial procurar ajuda de um especialista para prevenir a infertilidade feminina e receber tratamento adequado conforme a necessidade do seu caso.
Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), há 18 anos ofereço o tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e bem-estar de cada paciente.
Agende uma consulta pelo site ou pelos números: (11) 5093-6109 | 5093-6087. Se preferir, marque um horário pelo WhatsApp (11) 97490-7707.
Até a próxima!
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